relação as atualizações da inflação, além de termos monitorado o Boletim Focus, analisando a temperatura sobre a redução da Taxa Selic. Essa semana, com a reunião do Copom finalizada, analisamos o resultado desse encontro e buscamos entender as projeções para o restante do ano.

Agora em Maio, o Banco Central reduziu a Taxa Selic em 0,25 pontos percentuais, saindo de 10,75% para 10,50%. Essa redução é a primeira de magnitude menor desde Agosto de 2023. Na ata da reunião, o Copom declarou que a maioria dos membros considerou apropriada a redução, destacando que “o cenário esperado não se materializou”.

O Banco Central justificou a decisão citando o aumento das projeções de inflação. Nesse contexto, enfatizou a importância de “buscar a realinhamento das expectativas de inflação” para o objetivo de atingir uma inflação de 3% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Esse “realinhamento de expectativas” visa alinhar as projeções de inflação com as metas de política monetária no horizonte. Com o objetivo de controlar possíveis pressões inflacionárias, o Banco Central optou por uma postura mais cautelosa, mantendo os juros um pouco mais altos, dada a elevação das projeções inflacionárias e as incertezas tanto internas quanto externas.

É crucial notar que a decisão não foi unânime. Enquanto cinco diretores votaram a favor do corte de 0,25 ponto percentual, quatro preferiram manter o corte de 0,5 ponto percentual. No entanto, mesmo entre aqueles que apoiaram o corte menor, houve reconhecimento das crescentes incertezas.

Como comentado em nosso edital da semana passada, as chuvas no Rio Grande do Sul foram destacadas como agravantes para um cenário já desafiador, com possíveis impactos inflacionários adicionais.

Agora, o mercado está atento aos próximos passos, com expectativas de novos cortes na taxa básica de juros, mas com uma cautela crescente diante das incertezas econômicas e dos desdobramentos dos eventos externos e internos.