Divulgado nesta Terça-Feira (12/03/2024), o indicador fechou o mês de fevereiro com alta de 0,83%, após registrar avanço de 0,41%, quando comparado com o mês de janeiro, que foi de 0,42%. Este resultado superou as expectativas do mercado financeiro, que projetava um aumento de preços de 0,78%. Com isso, o acumulado de 12 meses pulou para 4,50%.
Sete dos nove grupos que compõem o IPCA registraram alta em Fevereiro. Destaque para os reajustes anuais no setor educacional (4,98%) foram o principal impulsionador deste resultado mensal. O grupo de Alimentação e Bebidas teve um impacto significativo no aumento do mês, contribuindo com 0,20 ponto percentual para o índice geral.
Fevereiro é tradicionalmente marcado pelos reajustes anuais nas mensalidades de escolas particulares e cursos pagos. De acordo com o IBGE, a maior contribuição, em termos de peso no índice, veio do subgrupo de cursos regulares (6,13%).
Os alimentos para consumo domiciliar registraram um novo aumento significativo (1,12%), influenciados pelas temperaturas mais altas no início do ano e um maior volume de chuvas que prejudicou a produção agrícola.
O grupo de Transportes apresentou novamente um aumento preocupante no índice geral. Todos os combustíveis pesquisados (2,93%) registraram aumento: etanol (4,52%), gasolina (2,93%), gás veicular (0,22%) e óleo diesel (0,14%). A gasolina, em particular, contribuiu sozinha com 0,14 ponto percentual no índice geral.
Este aumento nos preços dos combustíveis tem como pano de fundo a decisão dos secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal de aumentar em 12,5% as alíquotas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre esses produtos desde 1º de fevereiro. Segundo o comitê, essa medida foi tomada para mitigar os impactos da política de preços então praticada pela Petrobras.