Alugar um imóvel na capital paulista ficou, em média, 11% mais caro em 2025. De acordo com um levantamento da imobiliária Lello, que administra mais de 16 mil imóveis no país, aproximadamente 82% dos contratos de locação residencial renovados em janeiro tiveram aumento no valor acordado entre proprietários e inquilinos.
Do total de contratos fechados em janeiro, conforme a pesquisa da Lello, 12% dos contratos sofreram um reajuste de até R$100, 22% tiveram aumento entre R$101 e R$ 200, outros 34% apresentaram elevação entre R$ 201 e R$ 300 e em 32% dos casos o reajuste foi superior a R$ 300.
Raphael Sylvester, diretor de estratégia da Lello Imóveis, destaca que os reajustes nos preços dos aluguéis foram reprimidos durante a pandemia, entre os anos 2020 e 2022, quando muitos contratos não sofreram ajustes ou até tiveram redução.
“A inflação acumulada nos últimos anos justifica os ajustes feitos, mas é importante ressaltar que é sempre essencial o diálogo e o consenso entre locadores e locatários para que as condições contratuais sejam justas para ambas as partes”, afirma o executivo.
Ele complementa que é necessário bom senso e boa comunicação, para que, por um lado, o inquilino consiga permanecer no mesmo imóvel e, por outro, o proprietário garanta que o imóvel esteja ocupado, assegurando o rendimento mensal.
O Índice FipeZap de janeiro confirma o aumento significativo nos custos de aluguel, colocando São Paulo como a capital mais cara do Brasil para se viver de aluguel. Em média, o aluguel de um imóvel de 50 metros quadrados na capital custa R$2.879 mensais.
De acordo com o Índice FipeZap, em janeiro de 2025, os aluguéis residenciais subiram 0,96%, bem acima do IPCA (0,16%), com uma alta acumulada de 13,16% nos últimos 12 meses. O IGP-M, conhecido como a “inflação do aluguel”, desacelerou para 0,27% em janeiro, mas ainda superou as expectativas. Em fevereiro, os contratos completando 12 meses tiveram reajuste de 6,75%, conforme o IGP-M acumulado.
Em conclusão, o aumento nos preços dos aluguéis na capital paulista reflete não apenas a inflação acumulada nos últimos anos, mas também a recuperação do mercado imobiliário após os impactos da pandemia. Diante disso, a comunicação transparente e a negociação justa se tornam fundamentais para manter a estabilidade no setor e assegurar que os reajustes sejam adequados às condições econômicas do momento.