Trimestralmente a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), em parceria com a Deloitte, realiza uma pesquisa de tendências e confiança do setor Imobiliário. No Edital mercado dessa semana, analisamos os resultados da última pesquisa realizada.
Começamos a análise com o quesito “busca de imóveis”, que se manteve com a nota de aumento (2,28), ligeiramente acima do reportado no quarto trimestre de 2023 (2,22). A nível de comparação, as notas da pesquisa sempre variam de 1 a 3, que indicam forte redução, redução, manutenção, aumento ou forte aumento nos indicadores.
No setor do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), as empresas sentiram um aumento maiorna busca do que a média, com uma nota de 2,54. Enquanto as companhias de médio e alto padrão registraram nota 2, que aponta para manutenção do nível de procura.
É possível perceber como o segmento do MCMV está mais aquecido do que os demais padrões. Quando perguntadas sobre as vendas no trimestre, a média das empresas do MCMV teve um sentimento de aumento, enquanto para médio e alto padrão houve manutenção do volume comercializado. Os preços de venda de imóveis do MCMV ganharam o nível “forte aumento”, com nota 2,66, enquanto para os demais padrões o nível foi de aumento, com nota 2,38.
Quando analisamos os dados de lançamentos nos próximos 12 meses, 90% das empresas disseram que pretendem realizar. Entre quem atua no MCMV, a resposta foi positiva para todos os participantes. No médio e alto padrão, 79% esperam lançar no período.
O interesse em comprar novos terrenos dentro de um ano também apresenta a mesma variação. Na média, 80% querem fazê-lo. Entre as empresas do MCMV, 94% esperam comprar novas áreas, enquanto 65% das empresas de médio e alto padrão estão se planejando para isso.
Rafael Camargo, diretor da prática de real estate da Deloitte, afirma que os indicadores para médio e alto padrão acabam “contaminados” por uma situação mais complicada nos imóveis de média renda. “O altíssimo padrão vem crescendo muito nos últimos dois anos, é um mercado que não depende muito de financiamento”, afirma.
Esse tem sido o problema do médio padrão. Com o financiamento imobiliário caro, mesmo com o movimento de redução da Selic, há insegurança entre as empresas sobre o poder de compra dos consumidores com renda média, que não são beneficiados pelo MCMV.
Na média das 48 empresas, a expectativa é que as vendas continuem crescendo no segundo trimestre. Para um horizonte de 12 meses, as companhias apostam em “forte aumento” das vendas, com nota 2,65. Também é esperado um “forte aumento” dos preços dos imóveis para os próximos 12 meses e em até 5 anos.
Para o padrão médio, se espera aumento em vendas e no preço dos imóveis, por causa da queda dos juros, que em algum momento deve atingir o financiamento imobiliário.
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